4 de novembro de 2011

Terremoto

Um dos acontecimentos que mais nos chamam a atenção quando são noticiados, é a ocorrência de um terremoto numa determinada região. Seja pela sua imprevisibilidade ou pelo seu poder de destruição, fato é que este desastre sempre nos transmite pavor e insegurança.
Mas vamos entender um pouco o que são os terremotos, como eles ocorrem e porque não podem ser previstos com antecedência suficiente para a evacuação das áreas atingidas.
 
 Mapa indicando as Placas Tectônicas e seus movimentos

A maioria dos terremotos ocorre devido ao choque entre as placas tectônicas, que são enormes retalhos de rocha sobre os quais os continentes estão assentados, e que flutuam sobre o magma terrestre. Tais placas necessitam se acomodar sobre o manto e isto faz com que elas “esbarrem” umas nas outras, provocando de soerguimento de cordilheiras a imperceptíveis terremotos. É, isto mesmo. De acordo com alguns estudos, a Cordilheira dos Andes, por exemplo, surgiu devido a um imenso choque entre as placas Pacífica (oceânica) e Sul-americana (Continental), este choque fez a placa Sul-americana realizar dobramentos que formaram os Andes. E na ponta oposta estão os pequenos terremotos que ocorrem, acreditem, a cada 11 segundos. Algumas vezes imperceptíveis outras vezes destruidores. Estudos da United States Geological Survey indicam um aumento no número de terremotos detectados a cada ano, mas nada que assuste, tal fato pode ser explicado pelo avanço tecnológico que permite a identificação de tremores de baixa magnitude.
Movimento Convergente ilustrando o que provavelmente aconteceu no soerguimento e formação da Cordilheira dos Andes

Falando em magnitude, o poder de destruição de um terremoto é observado e qualificado de acordo com a Escala Richter, que atribui um número para corresponder à energia liberada num abalo sísmico. Seus valores variam (originalmente) de 0 a 9, mas ela é considerada uma escala aberta, não tendo assim limites inferiores e superiores fixados. Mas como são calculados numa escala logarítmica (abaixo), os valores apesar de próximos, podem ser intensamente mais destruidores.

L = logA – logA0
ONDE:
ML : magnitude local 
A : amplitude máxima medida no sismógrafo
A0 : uma amplitude de referência

MAIORES TERREMOTOS JÁ IDENTIFICADOS
Os maiores sismos já registrados foram:
  • 9.5 graus de Magnitude. Chile – 22 de Maio de 1960: 1.655 mortos, 3000 feridos

  • 9.2 graus de magnitude. Príncipe William, Alaska – 27 e 28 de março de 1964: 128 mortos (113 no tsunami e 15 no terremoto)
     
  •  9.1 graus de magnitude. Costa Oeste do norte de Sumatra – 26 de dezembro de 2004: 227.898 mortos e 1,7 milhão de desabrigados no terremoto e tsunami que atingiu 14 países do sul da Ásia e leste da África.

  • 9.0 graus de magnitude. Península de Kamchatka, Rússia – 11 de abril de 1952:  gerou mais de US$1 milhão em prejuízos no Havaí.

Estes terremotos caracterizados com mais de 9 graus são raros e seu poder de destruição ultrapassa um raio de milhares de quilômetros, destruindo todo um país.
No site:
encontramos uma tabela bem didática mostrando o poder de destruição destes abalos.
E todas estas mortes poderiam ter sido evitadas se houvesse uma previsão de onde os terremotos ocorreriam , certo? Errado!
Hoje os sismologistas estudam e trabalham para tentar prever onde o abalo acontecerá exatamente, o que não é fácil ao se levar em consideração a falta de parâmetros base, a multiplicidade de movimentos tectônicos, bem como as inúmeras causas. Alguns equipamentos conseguem realizar uma previsão de 10 segundos, considerada enorme devido às circunstâncias, mas pequena para que os órgãos públicos realizem o alerta e a retirada da população destes locais. Devido seus fatores originários, podemos afirmar que as áreas onde acontece o encontro das placas estão mais propícias a ter terremotos de magnitude maior.
Como ocorre no chamado “Anel de Fogo” no Pacífico que é uma área de 40 mil quilômetros de extensão formada no fundo do Oceano Pacífico por uma série de arcos vulcânicos e fossas oceânicas que coincidem com a zona limítrofe de diversas Placas Tectônicas. É considerada a área de maior atividade sísmica do mundo e onde foram detectados os piores desastres relacionados às atividades vulcânicas e/ou terremotos.


MAS E O BRASIL???

Devemos lembrar que o mito de que “No Brasil não tem terremoto” já foi desmistificado, já foram observadas inúmeras ocorrências de terremotos em terras tupiniquins, de baixa magnitude, e ocorridos principalmente devido à acomodação do solo ou como reflexo de terremotos com epicentros próximos. Por ano são medidos em média 22 sismos de magnitudes entre 3 e 4 graus, sendo que no litoral de Vitória, Espírito Santo, em 1955 foi registrado um sismo de 6,3 graus, sendo o maior já registrado até hoje.
Os serviços geológicos de cada país informam aos seus habitantes a frequência dos abalos. Um site interessante de se visitar é o do Serviço Geológico Americano (United States Geological Survey), onde encontramos atualizados em tempo real o mapa:

Nas próximas postagens iremos analisar um pouco o que aconteceu em alguns dos terremotos mais recentes e marcantes.
Até lá!

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